MINHA POESIA TEM TANTO MEDO
Minha poesia tem tanto medo
Minha poesia tem tanto medo
Que às vezes chegar a guerrear
Com palavras que teima em afrontar
Esse branco papel.
Linha de frente: pensamentos.
Tanto são os confortos,
Campo minado,
Nos conjugados.
Cadê aquela palavra forte...
Aquele verbo grosso...
O estouro da concordância no plural...
Abaixe as regras, General!
Aquela coisa de fim de frase.
Talvez uma crase nos barre.
Na perfeita pronomia,
Quem diria.