MINHA POESIA TEM TANTO MEDO

Minha poesia tem tanto medo

Minha poesia tem tanto medo

Que às vezes chegar a guerrear

Com palavras que teima em afrontar

Esse branco papel.

Linha de frente: pensamentos.

Tanto são os confortos,

Campo minado,

Nos conjugados.

Cadê aquela palavra forte...

Aquele verbo grosso...

O estouro da concordância no plural...

Abaixe as regras, General!

Aquela coisa de fim de frase.

Talvez uma crase nos barre.

Na perfeita pronomia,

Quem diria.

Severino Filho
Enviado por Severino Filho em 17/10/2007
Código do texto: T697497
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