Tordesilhas


Minha dor adormece na areia

Em praias ocres de utopias.


Minha dança é uma sardana,

num mundo desigual


Terra e homens são ilhas

Segregados por cores


Meridianos separam

e demarcam territórios


Mas a minha língua é varia

e encontra seu tempo no verso


E o verso subverte a latitude

para expressar em voz a dor universal.