TEMPO MATINAL
Queria dizer ao silêncio,
Que me esperes, para juntos viajarmos,
Meu vento entre as milhas do longínquo,
Na inocência de nos inspiramos,
Minha brisa arrepiando seus pêlos,
E a voz sussurrando consolo,
Você bem deitada no meu colo,
Nossas mãos trocando carícias,
Nossos vícios, desejos e malícias,
Na emoção da manhã que se desperta,
Ao prazer que nos esquenta,
Deixamos-nos navegar pela ilusão
Enquanto pulsava o coração,
Teu corpo em erupção,
Minha chama com tesão,
Ousei descer a mão,
Para a sentir molhada(o) os sonhos,
Meus dedos já conheciam os caminhos,
Guiados pelos seus ardentes gemidos,
Serena estavas tu naquele instante,
Onde todas as preocupações estavam ausente,
Éramos apenas cúmplices das vontades,
Na volúpia de dois amantes
Parando o tempo matinal,
Enquanto a fome revelava o desejo animal,
Nos entregamos, sem pudor,
Sua libido despertando a flor,
Naquele instante marcado,
Onde apenas despimos-nos do medo (...)
(M&M)