ESCRITORES
Escritores debruçam sobre delírios de aguço
“Amolados” raciocínios, prazeres plurais!
“Enamora” as letras e constrói ‘famílias’ tais.
Uma escrita que busca seu próprio apuço.
Um escritor, às vezes, sucumbe seu próprio eu,
Para elevar à margem o escondido tu.
E transforma um pobre nu,
“Vestindo-o” de “púrpuras” ao rumo do apogeu.
Quem escreve pensa por multidões,
“Viaja” entre nações,
Sem discriminar gostos ou alucinações.
Há uma entrega à escrita
E em seu poro crepita
Fazer da letra uma valiosa “pepita”.
Quem escreve, constantemente “engravida”,
E “pare” histórias de vida
Que “amamenta” em seu ‘peito rijo’,
Mas farto.
Sua cria trata com carinho
E entrega ao “ninho”
Das tuas mãos
E como um passarinho,
“Plana” em ventos sãos.
Ênio Azevedo