Exílio de um desejo!

Teu voou sereno,

Roubou minha liberdade.

Num lapso de tempo,

Escapou-me por segundos,

E num abrir e fechar de olhos

Aprisionaste meus pensamentos,

Numa redoma de versos.

Teu dom, teu talento!

Ressuscitastes minha fênix.

Num momento pleno de ardor,

Tocaste fogo em meu corpo,

Transcendental o instantes,

Que, com carinhos constantes,

Me conquistaste o amor!

Tumultuaste meu anjo,

A minha alma serena,

Num tempo, doma-me a fêmea,

No outro, soltas a fera na arena.

Que tua pena criou,

Meu lírico trovador!

Plácido e etéreo flutuas,

E amores cultua...

Sem receios, sem culpas.

Nas vidas de musas tantas,

Fazendo voltar a ser criança,

Mulheres sozinhas, sofridas,

Pelas desilusões dessa vida....

Me conquistaste poeta,

E do meu corpo se apossa.

Excitas os meus sentidos.

Despertas a minha libido.

Fico atada ao vício,

Do teu encontro noturno,

De tua imagem a vagar,

A beijar-me a pele,

A me fazer delirar.

Profeta de meus calafrios,

Com as mãos, adivinha-me as vontades,

Com a boca me alucina de verdade!

Dono de meus devaneios.

Das sensações sem controle.

Dos tremores, espasmos,

Meu doce pecado.

Hoje, nas noites de lua,

Quando minha loba se assanha,

E o desejo me domina as entranhas,

Me ponho a chamar,

Vêem meu poeta,

Vêem me amar!

Observadora
Enviado por Observadora em 10/11/2005
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