ESVAZIAR E ENCHER
Quero fazer dessa batalha
Uma espécie de canto bonito
Que a gente guarda de cor
Não tenho em mim a senha
Que pode revelar horizontes
Faço gosto é nos pretéritos
Sou esse animal racional
Que entre um sono e outro
Vai catando nos dias
Seu bocado de febre
Morrem os familiares
Vão-se os amigos
Os sonhos viram utopia
Mas a mão cansada
Ainda escreve uma história
Que nem sabe se vai ser lida
A memória é o único tesouro.