Depress(õe)s
De manhã parece tudo tão nublado
Pequenas gotas caem no chão
De repente, nasce uma escuridão
Gotas viram tempestades e tornados
De tarde parece tudo tão claro
O chão fica seco e limpo
De repente, vem uma onda de calor
E o limpo torna-se o ardor
De noite parece tudo tão frio
O corpo fica sem um cobertor
De repente, dá lugar a geada
Um cobertor não cobre mais regada
Flores murcham, flores floresçam
O coração pulsa, o coração repulsa
As mãos tremem, os olhos saltam
Em casa, o alívio é desespero
O desespero vira tempero
E no fim vira destempero
Não adiantas fugir, por sumir
Não adiantas chorar, por salvar
Não adiantas temer, o viver