Calmaria

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Calmaria

A leve brisa afaga verdes folhas

O gato manhoso imita o sol

amortecido na dormência deste novo dia

à luz quente se espreguiça e boceja

O beijaflorzinho serelepe

rasga o tempo

beija a vida, renova a primavera

e some qual pretenso poeta ...

Na Sala vazia, a deselegância da solidão

Ao encontro com a ausência

A vida singra em inquietante calmaria.

Mas, quando a casa estiver pronta

Brotarão brandas melodias

porque das mão do menino

Entoará o antigo violino.

Elomar Gerhardt

Cachoeirinha/RS

24/01/2013

Publicado no Diário Gaúcho

13/12/2019 pág. 23

Edição 6.115 - Ano 20

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Elomar Gerhardt
Enviado por Elomar Gerhardt em 10/06/2020
Reeditado em 25/07/2020
Código do texto: T6973537
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