RESSIGNIFICAR
Vivenciando a vida por caminhos turvos
Sinto a saudade a me desafiar
Vejo pétalas de rosas a florear
Arcabouços de um sonho roubado
Nutro pela vida meus desafios, desatinos
Da luxúria, da solidão a exaustão
O orvalho a gotejar das copas das árvores
Me trazem lembranças findas
Ah! Aquele Flamboyant a sombrear
Pensamentos prematuros ou futuros?
Num ranger de dentes entre matas e montanhas
Persigo caminhos e ventos de outrora
Que me deixaram louco envaidecidos
Num egocentrismo estonteante
Me redimo nas entranhas do luar
Me desfaço dos escombros pueris
Me transformo numa Fênix
Voando ao infinito tal qual
Uma águia a procura de um refúgio
Para sua muda, para se ressignificar
Valmir Vilmar de Sousa (Vevê) 29/05/20