ALGEMAS

Presa na liberdade não consigo amar

o espaço que meu corpo ocupa,

não consigo voar mais do que um palmo,

não consigo lembrar o aroma da alfazema.

Prendida em meus braços

não enxergo as garras da mulher que eu sou.

Estou hoje vencida, cansada e aflita,

como andorinha em outro país, em outra gaiola…

O peito dói com a perda do poema,

tudo é frágil, tudo falha, tudo enjoa,

tudo passa e tudo cala quando és infeliz.

H Hevilyn
Enviado por H Hevilyn em 09/06/2020
Código do texto: T6971905
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