Lembranças de Teresa
De Teresa lembro os seios fartos e sorriso ingênuo
eu a vejo vindo ao meu encontro naquela tarde cinzenta
de um verão ardiloso em Petrópolis
Digo ardiloso porque o tempo mudava bruscamente
e Teresa mantinha o sorriso inocente
talvez por acreditar que o amor chegara para ficar
Teresa habita meus sonhos utópicos como querendo romper
esse pragmatismo devorador a devastar uma geração
que um dia ousou desafiar o obscurantismo nefasto
Dela resta uma lembrança esmaecida nesses dias
em que os relacionamentos são virtualmente expostos em telas frias
Quando lembro de Teresa uma tristeza me invade sem explicação
Este poema integra o meu livro Todos os Dias são Úteis - Esgotado
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