A imarcessível beleza dos versos
Canta o concrís e a gamarra
Canta o galo-de-campina o bem-te-vi!
No aroma doce cítrico dos jasmins e maracujás.
Aromas formas, formaromas,
e a touceira de madressilva
Sem lerão das palavras.
Arúspice vidente o poeta se recita.
No verso depoente
No perifrasear das estações!
Entre Caraibeiras floridas...
E a ipecacuanha e o cravo
As mangabas verdes
A peroba.
E o bergantim de mastaréus aos ventos
São meus versos!
E nas nuvens, pelas nuvens aos olhos
Ensinando as rotas e o caminho do amor!
Nas cores pastéis
das flores rumo ao riso matinal...
Partindo nessa partitura onde começo a morrer,
nos arredores do crepúsculo!
Toda minha duração.
Ecoante na clave de teu nome.
Na flor dos bogaris
Onde sucedem ao chão meus botins.
Invento a poesia
da sonora fonte vicejante
e imarcessível das campinas!