Poesia pra animar

Se me derramo em poesia.

Mesmo em meio à pandemia.

É para não me derramar em lágrimas.

E entregar-me às minhas lástimas.

Se recorro às palavras.

É esperando que sua lavra.

Possa primeiro me encantar.

E ajudar-me a escapar.

Das agonias do meu viver.

Angústias que prefiro esconder.

E mexendo com seus sentidos.

Consigo reencontrar sentido.

Nos sentidos que o leitor

Ao meu poema adicionou.

Assim no meu interior.

Vai amenizando aquela dor.

E a angústia que dilacera.

Vai se espalhando na tela.

Vou reencontrando a paz.

Nesse labor que me apraz.

Parafraseando a poetisa.

Há dentro de mim mais poesia.

Do que lágrimas a derramar.

Então sigo no meu versejar.

Zenilda Ribeiro
Enviado por Zenilda Ribeiro em 08/06/2020
Reeditado em 15/06/2020
Código do texto: T6971488
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