BRASÍLIA E EU

Nas tuas esquinas inexistentes

Acho-me vazio e só

E a cada quadra imponente

Brota um sentimento de dó

Da minha pessoa.

Nas tuas vias e viadutos

Questiono-me sem parar

Estaria eu já maluco?

Na cidade bonita e sem mar,

Esta pessoa

Nos monumentos teus

Pergunto já sem razão

A razão do que me moveu

A deixar minha vida, meu chão.

E uma pessoa.

Na catedral, olhando a cruz.

Praticando fé, dialogando.

Buscando em Deus uma luz

Pra alma ir aquietando

Dessa pessoa.