GAROA

GAROA

Uma garoa no meio-rosto

Numa manhã plúmbea

Uma rua fantasma

Um andar sem brilho

Num desencontrar

Quem quer que seja

Ares de tristeza

Alma presa

Em si mesma

Sem portas

Apenas muros

Cercando existências

Que aparentam

Não ter sentido

Para novas manhãs

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 05/06/2020
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