És qual um pequeno inseto
Que bate na vidraça
E eu quase nem percebo.
És uma vil palavra
Que surge, e que eu renego
Por orgulho ou por medo,
Mas ao cair, se arrasta
Por sobre minhas pernas
Me rasga e reproduz
Esse poema de arrego.
És uma lembrança triste
Da qual eu sempre me esqueço
Quando alguém está olhando,
Mas assim que eu fico só
Mergulho fundo no teu pó
Para ver se ainda existe
Meu rosto, em teu degrêdo.