AQUÁRIO
AQUÁRIO
Preso
Qual num aquário
Seco e embotado
Transformo-me
Não me permitem
O ser gregário
Sinto saudade de
Sem máscaras
Abraços beijos toques
Exclamações perdigóticas
Perderam-se num labirinto
De tantas telas frias
Tanto preconceito
Tantas alevoisias
Que aos poucos vou esfriando
Em sentimentos
Vou substituindo o pranto o pesar
A indignação o desalento
O prazer a alegria
A alacridade o desfastio
Por indiferença a distância
Sou eu ou somos nós?
Tudo parece tão longe
Mergulho nos livros
Leio e penso...
Tentando não me afogar
Nas águas da desumanidade