Ele vale aquilo o que só você mesm@ pode entender
A vida o fudeu, nada o desperta.
Em cada coisa que vê, que odeia
que deseja, que ama,
em tudo ele morre um pouco,
perde-se,
decompõe-se nas mínimas saudades.
Está preso em si,
numa forma de paz que o deixa sempre prestes a explodir,
e assim permanece.
Corre e some no futuro incerto que o espera
e quem o vê, criatura estranha e silenciosa,
jura que nele
ainda existe um resto necrosado e quase morto de fé em não se sabe o quê...
Em tudo, ele é puro desencanto.
Olhos de quem quer o mundo inteiro
almejando o silêncio que é chegar ao nada.
Uma paixão doente por coisas que não entende.
Álcool corre em suas veias e o lento coração bombeia as nefastas ideias para o cérebro
que borbulha, que humilha, que o enlouquece.
Se abriga na solidão
e nela é que se faz forte.
Está cansado.
Vagueia através da insegurança tentadora oferecida pela vida.
Some nas nuvens de seus sonhos.
vai com eles ao limbo e retorna melancólico,
sem saber ao certo
se queria mesmo voltar.
As vozes não lhe dizem muitas coisas boas, mas ainda sim
são uma boa companhia.
A poesia é o seu luxo.
O vinho, seu altar.