QUIMERA

Francisco de Paula Melo Aguiar

Quimera! Ah! Meu Deus

Nos cemitérios jazem...

Corpos de filhos teus

O fim sem filmagem.

Quimera! Crê em Deus Pai

É a única mensagem...

De conforto para quem se vai

E para quem fica na terra da sacanagem.

Quimera, monstro mitológico

Figura híbrida com cabeça de leão...

Corpo de cabra sem zoológico

E cauda de serpente em ação.

Quimera! De combinação heterogênea

Incongruente de elementos diversos...

Figura da imaginação nada ingênua

Sem possibilidades e progressos.

Quimera! É ver “São Jorge” fora da lua

Com montagem real e sem fantasia...

Carnaval fora de época na rua

É a ideologia velada rumo a anarquia.

Quimera! Vive entre a paz e a guerra

Haja galão no vestido da ilusão...

Solta como bala perdida, uma fera

Utopia entre o herói e o vilão.

Quimera representa a foice

Só faz budejar em vez de discursar...

Porque burro e cavalo dar coice

E isso não se pode evitar.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 01/06/2020
Reeditado em 01/06/2020
Código do texto: T6964604
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