Olho prá frente, prá trás, para os lados,
Estou sozinho.
Sozinho.
Cadê o gato, o papagaio, o cachorro?
Sozinho.
Onde estão as pessoas, os pássaros,
Os peixes?
Isolaram a Lua?!
Esse lugar onde era o mar,
Essa terra árida, esses ossos,
O que são todos esses ossos?
Não sei que idioma uso, gesticular o que?
Pensar, resta pensar,
Pensar nesse vazio? Meditar o nada?
Talvez as pedras saibam o que está acontecendo,
Mas elas rolam de rir dessa situação.
Havia movimento, a força dos ventos,
A luz das estrelas,
A ira do mar.
Tanta coisa havia
Que hoje não há,
O ronco dos motores,
As hélices enlouquecidas,
A nudez dos amantes,
Nossa Senhora de Aparecida.
Os olhos não espreitam
Os besouros que varriam grama.
Tanto dinheiro para gastar,
Não existe o que comprar.
Nem socos e pontapés,
Até essa dor, essa falta de humor,
A liberdade, que liberdade
Se nem vida não há??
Estou sozinho.
Sozinho.
Cadê o gato, o papagaio, o cachorro?
Sozinho.
Onde estão as pessoas, os pássaros,
Os peixes?
Isolaram a Lua?!
Esse lugar onde era o mar,
Essa terra árida, esses ossos,
O que são todos esses ossos?
Não sei que idioma uso, gesticular o que?
Pensar, resta pensar,
Pensar nesse vazio? Meditar o nada?
Talvez as pedras saibam o que está acontecendo,
Mas elas rolam de rir dessa situação.
Havia movimento, a força dos ventos,
A luz das estrelas,
A ira do mar.
Tanta coisa havia
Que hoje não há,
O ronco dos motores,
As hélices enlouquecidas,
A nudez dos amantes,
Nossa Senhora de Aparecida.
Os olhos não espreitam
Os besouros que varriam grama.
Tanto dinheiro para gastar,
Não existe o que comprar.
Nem socos e pontapés,
Até essa dor, essa falta de humor,
A liberdade, que liberdade
Se nem vida não há??
Mário Sérgio de Souza Andrade. 31-05-2020