# ANTÚRIOS
Pelos belos jardins coloridos dos antúrios
foram tempos saudosos de doce morada,
Por aquelas manhãs, muito ensolaradas,
Algumas, de tenebrosas tempestades,
Vai-se o tempo, e ai, fica a saudade.
Pelos corações magoados, esquecidos.
Marcados por sonhos não realizados,
Mais tarde em pesadelos transformados,
Onde ainda ululam muitas maldades
Vai-se o tempo, e ai, fica a saudade,
Pela esperança que veio e se foi
Deixando seu rastro tão dissimulado
Amores por esse mundo espalhados
E com eles. Ah! Tao tardias vaidades,
Vai-se o tempo, e ai, fica a saudade.
Pelo que não foi e poderia ter sido
Querer ser lembrado mas já esquecido.
Por lugares de onde jamais teria saído,
Para buscar longe a distante felicidade
Vai-se o tempo, e ai, fica a saudade.
Pelas fracassadas buscas pelas posses,
Perdendo o amor próprio e o próprio amor.
Este último para outro alguém, causando dor,
Pelos vícios que se tornaram uma realidade,
Foi-se o tempo, e então só restou saudade