Ode à solidão do mar

ODE À SOLIDÃO DO MAR

Desde sempre foi assim:

desde que mundo é mundo

um navegar solitário dentro de mim

Rochas transformam-se

em promontório e anunciam

meu navio no horizonte.

Ondas ao longe são miragens,

a descortinar silhuetas

dos homens e da cidade

E uns presságios

vindos do oceano

contam a inutilidade das coisas

Pois a vida é breve,

o mar absoluto,

e a alma leve.

Marcia Tigani