A essência humana

Quando os enterros passavam,

Os homens olhavam e se olhavam.

Uns se viam pequenos, persignavam-se e pediam aos céus.

Outros continuavam grandes,

Distantes daquela viagem,

Que um dia fariam.

E talvez fosse melhor esquecer.

Hoje os enterros não passam,

Ficam por trás de números e números,

Ficam por trás de curvas perigosas.

Mas os homens continuam iguais.