O caminho entre hemisférios

Falar de Alfred Asis é fazer uma reflexão sobre as artes. Arte de criar, de educar, de escrever, de admirar, de fazer poesias, gritar e manifestar o sofrer das pessoas, das conquistas humanas, das vitórias históricas entre as raças.

Branco, negro, índios, ciganos, refugiados, beleza humana, ecológica, natureza secular de lutas pela vida.

Andarilho para o altar, altar que está no infinito. Uma oração relembrada, o desejo de aproximar ao céu. Procura um caminho para os hemisférios.

Com os calos da caminhada, uma incansável luta. Encontra irmãos com culturas distintas. Sempre com o abraço de respeito.

Com o cheiro do tempo no corpo, o desejo de levantar, olhar, enxergar o calor da dor como se fosse de um só povo.

Andando sem pressa, sem destino, apenas a força da mente em comunhão. Prazer esquecido, valorizando a vida.

O amor não espera, fala no escuro, conduz, faz a luz, apaixona com os olhos, dá o perdão, deixa paixão, fortalece nosso coração.

Um pensamento vivido, um ombro para chorar, matar a fome com pão adormecido sem sabor, apenas o suor, sem água para lavar o sal na pele.

Uma poesia, o vento parceiro, a chuva faz o banho, leva o teto.

Tempo vivido, tempo para viver, tempo esquecido, teor da consciência.

Peso das pernas, um troco jogado, um alimento deixado, o feitiço de mãe.

Respeito à vida.

Jose Hilton Rosa
Enviado por Jose Hilton Rosa em 29/05/2020
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