EST TU!

Morreu; o Paraíso na sanguinária sublimação do eu...

Morreu; a suavidade na extrapolação injusta...

Morreu; a violência na quimera de santos...

Morreu; a coragem na peleja do ócio...

Morreu; a vontade na burrice adorável...

Morreu; a loucura nos braços de vermes...

Morreu; a flor de ânsia do perfume...

Morreu; a mãe de amor pelo rebento...

Morreu; a faca de faltar sangue...

Morreu; a pobreza da indiferença nua...

Morreu; a fé de esperanças descabidas...

Morreu; a linha de unir o ódio e a paixão...

Morreu; a jovem de expectativas tolas...

Morreu; o filho de desejar carinho ao vento...

Morreu; o fígado de descontroles do puro...

Morreu; o adeus de sonolência insana...

Morreu; a morte de imaginação trepidante...

Morreu; o sexo de orgasmo sonhador...

Morreu; a riqueza de miséria em felicidade...

Morreu; a nudez de expectativa da fábula...

Morreu; o Urubu de inteligência acadêmica...

Morreu; o pecado do implorar a Deus...

Morreu; o Ser passivo da aurora do tempo...

Morreu; a virgem de transar em filosofia...

Morreu; a estrela de um brilhar inumano...

Morreu; a lâmpada de luzir tolices ao rei...

Morreu; a independência de loucura civil...

Morreu; a beleza do sagrado em hóstia amarga...

Morreu; Cristo no abandono dos sempre alienados...

Morreu: Est tu.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 28/05/2020
Reeditado em 28/05/2020
Código do texto: T6960892
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