A violência existindo em toda rua
enche o peito a água da chuva
eu encontro Tarás Bulba
e as esperanças barradas na porta
o cachorro que se banha na lama
se entrega ao vício
o seu odor conversa
com as moscas dos mortos
uma pedra foi atirada na rua
ela tomada pela escuridão
escuridão retilínea
o ruído despacha um inconsciente
ouve-se:
TARÁS BULBA
...tudo em nome dos cossacos!
e motivado o cachorro ataca a existência da pedra
outra lama
outra lama
chuva que cai e não para
e aqui se pergunta:
o mar existe?
a violência existindo em toda rua