Beterraba, o novo preto

com o silêncio na boca 
fez de conta que engoliu os verbos. 
dançou com a última música. 
guardou seu rosto para amanhã 
preencheu o deserto abafando tua voz. 
longe de seus lábios... correndo nadas. 
rondando a cama como uma sombra 
(sob o convite de orar). 
pois quem ora, não peca, não queima 
sob uma lembrança de feno 
tira as sandálias, anda no vidro, 
nos espinhos, nos pregos 
e ainda tem fé. 
Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 27/05/2020
Código do texto: T6960149
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