A falta
Quando sentires a minha falta
basta sorrir e imaginar
Que tô na sombra do ingá
numa serra verde e alta
imagine que de lá salta
meus versos e minhas rimas
pensando assim te animas
não chores e nem lamente
cante uma moda inocente
assim de mim te aproximas.
Vai lá naquele barreiro
onde nós nos encontramos
e traz de lá alguns ramos
catados do marmeleiro
te banhas logo primeiro
e sem antes e nem depois
tu vais sentir que nós dois
estamos num só apego
atados num só chamego
por entre carros de bois.
Não penses na terra ardente
e nem na chuva distante
finge que és um brincante
e brincas só com a gente
folguedos, folias repente
em tudo isso estamos
aqui acolá cantamos
uma saudade infinda
é nossa canção mais linda
esta sempre escutarás
pois só assim sentirás
que estou vivo ainda.