DESMEDIDA

Quando firme subia os “degraus” da estabilidade,

Nada poderia abater-me, essa era a convicção.

Mas surpreendido por uma natural possibilidade,

Sucumbi como se pisasse em magmas de um vulcão.

Descobri que eu não era eu, era “a voz da razão”.

Egoísta e soberbo eu galgava “degraus” acima.

“Nariz” avante sem olhar abaixo, sem dar vazão.

E é assim que a queda, sem aviso se aproxima.

Quem era eu? Nem eu mesmo sabia.

Mas o destino que não brinca com ironia

“soprou” sobre mim, como uma ventania.

E enfim, chegou a hora da descoberta,

Eu era apenas uma criatura iludida

Com elevada “bestificação” sem medida.

Ênio Azevedo

Obs.

Antes que alguém me envolva na poesia, saiba que é (mera poesia).

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 27/05/2020
Código do texto: T6959522
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