DESMEDIDA
Quando firme subia os “degraus” da estabilidade,
Nada poderia abater-me, essa era a convicção.
Mas surpreendido por uma natural possibilidade,
Sucumbi como se pisasse em magmas de um vulcão.
Descobri que eu não era eu, era “a voz da razão”.
Egoísta e soberbo eu galgava “degraus” acima.
“Nariz” avante sem olhar abaixo, sem dar vazão.
E é assim que a queda, sem aviso se aproxima.
Quem era eu? Nem eu mesmo sabia.
Mas o destino que não brinca com ironia
“soprou” sobre mim, como uma ventania.
E enfim, chegou a hora da descoberta,
Eu era apenas uma criatura iludida
Com elevada “bestificação” sem medida.
Ênio Azevedo
Obs.
Antes que alguém me envolva na poesia, saiba que é (mera poesia).