O apreciador do cosmos

Nuances do silêncio

Abastecem o anahata lavado com concisão

Vivo cada dia da existência

Com uma diminuta forma de apreciação

Assim, não protelo a felicidade

Pois, só a tenho agora, em minhas mãos

Gradualmente, simplifico a alegria

E refino as formas de contemplação

Observo o sol, o mar, a lua

Com tamanha admiração

Caminho sempre satisfeito com o que sou

Não dando margem para: re-cla-mar, clamar, sem ação?

Emano ao universo o meu riso

Poesia, sensibilidade, abertura e percepção

E tudo isso torna a existência

Uma ampla forma de celebração

Onde canto, danço e simpatizo

Sempre em comunhão

Entro em harmonia com o cosmos

Em pleno estado de meditação

Reverberando sempre o que pulsa, no interior do sagrado coração

Na inexistência de sentidos da vida

Sugiro observar toda essa vastidão

Desse modo, será intrínseca, a sua eterna gratidão ...

Marcão Cruz
Enviado por Marcão Cruz em 27/05/2020
Reeditado em 28/01/2022
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