E na guerra eu sigo
Tenho dentro de mim uma guerra interna
Que termina quando durmo
Que se inicia quando acordo
Às vezes perco
Outras eu ganho
Perdendo diariamente
Sinto o meu eu
Me consumir
Me destruir
Náufrago
E afundo no oceano em mim
Águas profundas
Fria
Morta
O calor do sol não chega
Frio e escuridão
Morte e vazio
Mas ainda busco
Forças e renasço
Agarro a última esperança
O último trem dessa viagem
Para escapar do vazio
Ressurgindo
Buscando o ar
Na luz do sol ou
Nas gotas da chuva
Renascido sigo em frente
Sem escuridão
Sem luz no fim do túnel
Apenas seguindo em frente
Morto ou vivo
Eu sigo
Wesley Curumim