O veneno era doce II
pássaros na janela
ramagens no pensamento
palavras
estupidamente belas
teciam a rede dos ventos
embalavam o tempo
bilhetes e declarações
pintores do ego
faziam obras no peito
plantando e colhendo
atiçou as velas do amor
com banquete de palavras
no cálice
um vermelho escarlate
agridoce com uma lasca de amargo
jurei por esse veneno
com a profundeza
de uma igreja
abria - me a porta da prisão
sereno como um rio represado
por isso o veneno era doce
pássaros na janela
ramagens no pensamento
palavras
estupidamente belas
teciam a rede dos ventos
embalavam o tempo
bilhetes e declarações
pintores do ego
faziam obras no peito
plantando e colhendo
atiçou as velas do amor
com banquete de palavras
no cálice
um vermelho escarlate
agridoce com uma lasca de amargo
jurei por esse veneno
com a profundeza
de uma igreja
abria - me a porta da prisão
sereno como um rio represado
por isso o veneno era doce