DE CIÚMES...
Em silêncio me insultavam meus amores,
Na rinha da ilusão, com seus carinhos,
Traziam-me por perfume, mirra...e flores;
E um fanal pra que eu seguisse meu caminho...
Nas doutas horas em que o silêncio impera,
Se abrem as cortinas dos amantes,
Como o vergel que se ostenta verdejante
No doce amanhecer da primavera...
E o aldeão, nos frutos que tateia,
Balbucia o seu amor dado ao ciúme,
E arfando o odor da ingente ceia
Crepitante de amor, bebe o perfume...
E sob o espraiar da lua cheia
As bocas em um beijo, então, se unem...