Passo a passo

Masculino e feminino, céleres esgueiram para a paisagem.

Conseguiram que mata virgem fechada, não impedisse seguir.

Incerto era: se de algures fugiam, ou se alhures buscavam.

Berço de espinhos ou estátua de sal, se para trás olhar?

Entre o partir e o chegar está o angustioso e virtuoso caminhar.

O riacho serpenteia lótico, cascateando no talvegue empedrado.

Conseguiram boa sede: beberam, despiram e de alma lavada fruíram.

Águas acima vislumbram o boi hindu que conduz ao dentro do interior.

Berço do vazio ou estátua de luz, se para frente dentro olhar?

Entre o surgir e o ser está o primoroso e virtuoso não dual.

Andrógino. Harmoniosamente mútuos seguiram rumo ao fora do interior.

Conseguiram que saberes virgens ocultos, não impedisse satori.

Perdidos todos os sentidos no quântico sol do evo intemporal.

Fria noite de asas fechada, mundo vasto: céu profundo negrume.

Bem aventurados, o evolver, o espirito, os opostos: vale navegar.

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 23/05/2020
Reeditado em 14/07/2020
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