O PARTO
Desaba sobre mim uma nostalgia frenética
Que me põe grávido diante dos sentimentos
E me faz enjoar perante uma crise estética
Do meu íntimo que pranteia as desilusões...
Percebo-me em mim um desejo de solidão
Próprio das parturientes que ensejam o amor.
Vomito infinitas doses dos pensamentos
Que me retém prisioneira a consciência
Já contrabandista das egrégoras ufanistas
Do pecado extraído dos sonhos dantescos.
Eis um pré-natal que se dilui no tempo
Alcançando as esferas do zodíaco impessoal,,,
Chega o instante do parto: as dores intensas
Perfuram-se todos os desejos inconcebíveis
E no minuto final nasce o rebento: a saudade!’
DE Ivan de Oliveira Melo