Martins de antigamente.
Martins de antigamente.
Meu avô me contou
Um pássaro chamado Jacu.
Uma ave que atravessou fronteira.
Alimentava-se embaixo da Jaqueira.
Na sombra da Jaqueira plantava-se café.
A maioria das pessoas andava a cavalo ou a pé.
Era raro automóvel e chofer.
Safra!
Todos os anos tinha.
Arrancar a "maniva" e levar pra "casa de farinha."
Goma, farinha e beiju.
Uma fartura tamanha!
De madrugada apanhar caju.
Tinha muito, a gente cansava o braço, de tanto separar a castanha do "bagaço."
O caju e a castanha era o "nosso dinheiro."
Lá vai o cambiteiro.
Bom dia "comade"!. Vou levar essa cana pro engenho do "Pade".A fumaça "cortando" o céu.
De longe a gente sentia o cheiro de mel.
poeta Adailton