INSÔNIA

Entre brumas pela cama, a mente

flutua em densos devaneios.

No peito velha dor do ausente,

dos risos, afagos e beijos.

Quimeras da solidão humana

que de tempos assalta a noite.

Vem consigo rondar minha cama,

curvando para dar-me o açoite.

De um lado ao outro praguejo

a solidão que reside na alma.

Contorço, saudade dos beijos

que outrora outra boca me dava!

Nessa hora meu corpo inflama

das dores diárias e da lida.

Sou tolo e aos anjos conclamo:

- Me levem ou me deem outra vida!

Luciano PSilva
Enviado por Luciano PSilva em 20/05/2020
Reeditado em 22/03/2021
Código do texto: T6953374
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