passeio
Silencio se faz pedra
E pedra se faz silêncio,
Desço ao redemoinho
De agonia, angústia feita
De pau e pedra, uma arma
Pronta a ser sacada, mas
No que atirar? se a pontaria
Avista o infinito? Jogos de
Encontros, parafuso que
Não entra, chave de fenda
Que não encaixa no parafuso,
Golfo de água dura, golfo
De gelo e fratura, arde o
Seu pulsar, sexo, grito, abismo
De beira larga e fundo desconhecido,
Darei braçada, esforço que o corpo
Paga, sem bombeiros, ou salva vidas
De corpos trabalhados, pranchas, água
Salgada que nos faz flutuar, não, é água
Feita de água, na sua fluidez mais dura,
Na sua queda mais quieta, no seu movimento
Represado, água molhada nesse tempo sem
Horizonte, de passado morto, tempo de presente
Perfurante, água que fura como arame farpado,
Daí, o broto ainda seco de uma flor que não desabrocha