À LUTA, MEU POVO
Eterna é a luta, meu povo
Saindo às janelas
Bater, até amassar as panelas
Começar sempre e de novo
O que mesmo importa
Não se feche a porta
A gente precisa
Poder usar qualquer camisa
Encher a avenida
Ter dias de sol
À noite ver a lua
É a vida, é a vida
Perene essa batalha
Nem vermelho petralha
Família Metralha
Nenhuma quadrilha
Milícia no morro
A quem pedir socorro?
Sem desordem na ordem
Generais, coronéis
A ordem do dia
É ficar nos quarteis
Sem nunca mais
Inversão de papéis
Mora na filosofia
Um copo vazio, está cheio de ar
Preciso eterna atenção
Ocuparmos nosso lugar
Pra viver-se em paz
Um eterno guerrear
Não voltar a aflição
Ver-se choro sem cura
Na rua, nenhum canhão
No porão, nenhuma tortura
Vambora meu povo
Abrir portas, janelas
Sair batendo panelas
Recomeçar de novo
Gritar pela rua
Esquerda, direita
Em frente, companheiro:
A luta continua
Democracia o tempo inteiro