Perdida no tempo
Bela donzela, desnuda
Olhar singelo, sozinha
Na janela, muda.
Perdida no tempo, com medo
Admira no horizonte, distante
Um barco sem vela, sem rumo
Vagando no mar, infinito.
Desliza no ritmo da brisa, faceira
Que passa suave
E o leva para longe
Das águas lustrais, límpidas
Dos mares dos sonhos,
Do esquecimento.