NUM VERANICO DE MAIO

Quando as águas do Guaíba
Aos teus olhos derem vaga
Estarei cruzando nelas
Que a saudade não se apaga

Irei assim deslizando
Meneando tudo que lembro
Levando ânsias e sedes
A uma rua de setembro

Vou me expandir nos teus braços
E nem mais serei conciso
Porque o mundo se ilumina
Quando abres teu sorriso

Um brinde à cumplicidade
Pra entrelaçar os caminhos
Um gole pra abrir um beijo
Um beijo pra abrir o vinho

Gosto do teu universo
Que me abres prestativa
Com boias rumo ao meu mar
Pra que eu não fique à deriva

A vida é uma grande dança
E o amor um grande ensaio
Com pico num 31
Fechando o ciclo de maio.
Landro Oviedo
Enviado por Landro Oviedo em 20/05/2020
Reeditado em 26/12/2020
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