Crepúsculo e sonidos
Meus tristes olhos
desolados e já sem cor.
Vestem-se da imagem, de um ramo tão lindo.
Na capoeira as juremas em flor!...
Encobrem ao longe o sol que vai sumindo.
Resvala pelos céus, a mansa hora do poente.
Entre abrolhos rasteiros num vermelho doce...
Que refletem mansos por sobre a gente.
O vento canta e a várzea se anima!
As garças caminham graciosas e mui brancas,
na lama negra do açude!
Há no horizonte essa luz ainda!
Num vicejar de tempo que não mude.
Um carro de boi, de longe em som se aproxima.
Chora um ranger em suas rodas secas e duras!
E no amarelo verde das canas que trazem...
Choram o escuro mel das rapaduras.
Um vento cruza a vazante...
Deitando os feixes do capim por onde passa.
Flertando a noitinha já as escuras
Luzes ao longe, dentro das casas.