Quando?

Quando tua vontade monta na minha

Como cavalo adestrado vou marchando

Quando teu desejo engole o meu

Sou rato enfeitiçado por olhos de cobra

Quando o meu veneno borbulha

Você se desdobra em mirabolantes desculpas

Quando o amor aparece

Outro dia se foi

Quando a raiva adormece

A insônia perdura

O fim será quando?

Virá pelas mãos do nunca?

Na corcunda do ciúmes?

No vento frio da morte?

Quando?

O não virar sim

E

Na dobra do teus joelhos

Você rezar o perdão

Roberto Solano
Enviado por Roberto Solano em 19/05/2020
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