A PRAÇA
A PRAÇA
Silenciosa como as noites
De pessoas em quarentena
Que a vida condena
Numa sentença
De solidão e silêncio.
Nem mesmo o sol
Com sua luz e calor
Ofusca a dor
Que rege os passos compassados
Da morte
Que arrasta , impiedosa e fria,
Os josés, os Antônios, as Marias,
Sob lágrimas e suspiros,
Apagando sorrisos,
E desfazendo brilho
De faces marcadas,
De amores, de queridos,
Pelo apagar dos lábios
De bocas ,surpresas, semi cerradas
.Tião Nascimento