MEU PEITO

Meu peito é forte como a rocha,

a tudo suporta, se conforma.

Nele há sulcos abertos,

por amores desertos, vazios.

Ele acolhe a rosa, o lírio,

o joio nele caído.

Acalanta como doce morada

a pérfida mulher da vida,

a dama meretriz, a canalha.

Meu peito é tolo, não sabe nada.

Luciano PSilva
Enviado por Luciano PSilva em 18/05/2020
Reeditado em 22/03/2021
Código do texto: T6951318
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