O COMEÇO DO FIM
Tão rápido, tão de repente
Emerge-se ali à frente
A imponência da civilização
A visão ofuscada torna-se cega
Traga-se assim a fumaça dos que não cachimbam
Os espelhos absortos ao ar
Cruzam o céu com seus raios indesejados
Sem espaço para lavrar a terra
A chuva rechaçada mal cai ao chão
Escorrendo-se por bueiros e furnas de ferro...
A falha dos pés à solta em solo rasgado
Segue-se regrado entre setas e sinais no asfalto e piso
Sutilmente vigiados por câmeras indesejadas a cada passo, em vários ângulos...
Não se visualiza folhas, tetos ou estrelas
E és enjaulado em blocos de concreto pensativo!
As escadas desejosas não mais existem
E num simples resvalo de botão colorido
Ele está lá na altura enjaulado no elevador panorâmico admirando sua façanha...
Maldito botão em painel que num estalar pragmático
Levará o mesmo débil lá para baixo...
Mentecapto provocador de doenças criadas e situações já sabidas
Antecipando a vinda do ‘Homem’ lá de cima
Para julgar enfim os homens aqui ignóbeis!