Fora do eixo

Venho de um diferente tempo

Venho de uma forma de pensamento

Venho fora da minha caixa

Venho com lucidez

Com visão e sem qualquer padrão

Ou talvez...

Eu não venha talvez eu seja...

É eu sou...

Sou a elegância

A gentileza e a compostura

A beleza com suas costuras

Sou dos velhos hábitos

Das ideias ridículas

E dos sonhos inacabados

Das verdades escondidas

Sou uma viajante do tempo

Uma peregrina

A percorrer essas estradas

Sou da cultura antiga

Do estudo e da ciência

E por que não da minha própria consciência

Dona do que quer

Dona de mim e do meu futuro

Sou a intragável...

Insólita, áspera e arredia

Sou aquela de um único dia

A diferença que ninguém vê

Você me nota...

Mas será que me enxerga?

Venho e sou de um tempo diferente

Das relíquias...

De uma velha geração

Que agora se encontra em aniquilação

Sou alma pulsante

Desejo constante

Sangue borbulhante

E da mente inconstante

Sou das coisas absurdas

Das partes expostas

Aqui me encontro

Aqui me deparo

Aqui eu paro

Aqui eu volto

Volto para o meu espaço

Bruxinha Faceira
Enviado por Bruxinha Faceira em 16/05/2020
Código do texto: T6948613
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