Alzheimer

A areia que escorre

Entre os dedos

Do menino inocente

De riso fácil contente

É a mesma pérfida moléstia

O tempo voraz

Que não cessa

Do homem demente

Do Alzheimer recente

Cuja dor não sente

Não tem lembranças

Não tem passado

Não tem tristezas

Somente o instante

O lampejo, o agora

Faíscas de memória

Pobre nobre guerreiro

Ora ri, ora chora

E volta a sorrir

Com o olhar que deita

Junto ao sol, cair da tarde

Inicio da noite

as estrelas o iluminam

Sorriem para ele

Ele também sorri ...

Pois em breve

Será uma delas....

Francisco Carlos de Almeida
Enviado por Francisco Carlos de Almeida em 15/05/2020
Código do texto: T6948458
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