Alzheimer
A areia que escorre
Entre os dedos
Do menino inocente
De riso fácil contente
É a mesma pérfida moléstia
O tempo voraz
Que não cessa
Do homem demente
Do Alzheimer recente
Cuja dor não sente
Não tem lembranças
Não tem passado
Não tem tristezas
Somente o instante
O lampejo, o agora
Faíscas de memória
Pobre nobre guerreiro
Ora ri, ora chora
E volta a sorrir
Com o olhar que deita
Junto ao sol, cair da tarde
Inicio da noite
as estrelas o iluminam
Sorriem para ele
Ele também sorri ...
Pois em breve
Será uma delas....