A CAVERNA
Têm na prata
o dom,
o sangue nas artérias
e o clamor de paixões defuntas,
em vias de disseminarem uma profusa distopia,
da qual só enobrece milícias.
Infelizmente ...
Saindo do bolso do sol!
Saindo do bolso do sol!
Invisíveis
falanges circulares!
Mudaram os nossos ares.
escondemos os feridos
e pelos cantos,
já foram
devidamente omitidos.
Mas...
Saindo do bolso do sol!
Saindo do bolso do sol!
Fluídos rúbeos jubilosos,
afastam-os
a escamarem os nossos espíritos.
Permaneço...
Saindo do bolso do sol!
Saindo do bolso do sol!
Obrigado pela preocupação!
Você é mais um entre tantos
a se catarem aos pés
das minhas memórias.
Ia
e
via...
Saindo do bolso do sol!
Saindo do bolso do sol!
No momento interminável,
quando num jato jorrado,
substanciado ou não,
primeira negação!
Eu já previa!
Saindo do bolso do sol!
Saindo do bolso do sol!
Naquele automático inflável,
o qual você guia,
antevejo-a “cis",
feliz,
parindo delírios natimortos,
em sua orelha “direita",
um girassol.
Estive no bolso do sol!
Estive do bolso do sol!
Sem os devidos cálculos,
naqueles dias,
nossas revoadas;
nossas ossadas renovadas;
além!
Reservado ao bolso do sol!
Ao bolso do sol!
Deveras,
daqui não sairei
tão louca ou infeliz:
do bolso do sol
e além.
(RODRIGO PINTO)