ANA, UM AMOR INESQUECÍVEL (a história de um amor)
ANA, UMA AMOR INESQUECÍVEL (a história de um amor)
Raymundo Cortizo Perez
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Tu és tudo e para lá de tudo,
que outro verso sobre ti poderá dizer o poema?
De que servem poemas diante do teu encanto
se palavra alguma te descreve?
De que modo a poesia te contempla
se nenhuma poesia é poesia diante de ti?
Tu és inefável,
apenas tu és inefável,
é de ti que os versos nascem
e os poemas surgem.
Todas o encantos que existem cantam a ti,
tenham ou não uma voz.
Os poemas de toda a poesia clamam por ti,
Um poema de silêncio te é dedicado,
murmuram-na as estrofes,
clamam as rimas nos teus olhos,
contemplam o teu encanto numa regra.
Só por ti toda a poesia se move
num movimento universal e infinito.
E do encanto és a plenitude,
o singular, a totalidade,
todavia, nada a define,
porque não és uma, és o todo.
Encerra todos os poemas:
Como cantar-te se és o único poema,
e o encanto da única poesia?
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...E quando o seu olhar tocou o meu, o infinito se fez poema,
e o nosso amor nasceu.
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Doar-me a ti, morena,
não apenas em poemas plenos,
mas no mais puro e pleno amor.
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Ana...
Eu queria poder mostrar o seu corpo nu
para todo o mundo...
Queria fazer para ver
os homens com inveja de mim
e a mulheres com inveja de ti.
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Ana...
Eu queria ser um pingente
dependurado em sua corrente,
ficaria perto do coração
e entre os seios,
os meus anseios.
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Deixe-me viver em ti,
como uma inspiração poética,
como o romper da aurora brilhando
os primeiros rais de sol aquecendo a seiva
com a sua luz, o coração da vida.
Deixe-me morar em ti,
como mora em ti o seu coração:
deixe-me morar nele,
serei para ti, o que pedires,
e te farei mais, ainda mais...
farei tudo para fazer-te feliz,
a felicidade é a coisa a dois.
Mas, que posso eu dizer ou querer,
de uma mulher que sendo tão bela,
ainda me dás do seu corpo, os prazeres que jamais tive.
Deixe-me, eu em ti ser eu e ser feliz,
a minha felicidade são os teus olhos negros reluzindo,
os teus lábios sorrindo, sorrindo só para mim.
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Quando estou dentro de ti,
dona do meu ser,
me encantas
quando chegas ao etéreo infinito
e entre sussurros e murmúrios,
em meu ouvido só para nós dois, diz:
"eu te amo".
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O amor tem razão que o coração conhece.
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A recordação do amor, ainda é amor.
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A lembrança da felicidade, é a saudade.
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Poesia mesmo é quando ela deixa de ser versos
para ser sorriso, o seu sorriso.
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Naquele dia,
eu morri para a vida e morri para a morte,
morreu o corpo,
morreu o nome,
morri tão completamente que a alma também morreu...
Morte da vida e morte da morte,
nem túmulo tenho.
Morreu tudo em mim:
o antes, o agora e o depois...
Como se jamais eu tivera existido.
A tua morte, matou a mim também...
A morte, mata é assim e não é de outro jeito;
A pior coisa da morte, é que ela mata quem amamos!
e quando a pessoa amada morre, morremos juntos!
No porvir, refeito o pretérito
estaremos juntinhos,
a morte separa os corpos, o amor jamais;
estaremos unidos, um em dois, dois em um.
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Quando mais nada me importava,
e as palavras se acabaram
e a poesia silenciou,
a solidão me abraçava,
tu,
chegaste envolta de beleza a alimentar com luz
os meus sentimentos,
colorindo com o seu sorriso, as minhas sombras.
O seu olhar, iluminou a minha vida com a sua vida.
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Sou vendedor ambulante de sonhos,
não tenho esperança, porque ela mora longe.
Vivo nas nuvens...
Detesto ouro como os que a Deus detestam.
Amigos? Se é que existem, ainda é me, desconhecidos...
Amo o belo, o que os sentidos observam,
não amo o descrevido - seria anti-ético ao meu coração.
O amor é absorvido pelos sentidos, é indescritível,
mas os poetas teimam, que teimam...
Sou errante caminhante nas entranhas de terras estranhas,
estranho...
Mulheres? Somente uma, a Ana
define, definidamente, definitiva.
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Saber que tu existe e vive,
embora, em outra dimensão,
salva a minha fé na parte mais bela da vida
que é o amor.
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As coisas boas são as surpresas do cotidiano:
o cheiro do seu corpo,
o que pensas e o que falas sobre nós,
o seu olhar que enxerga além da aparência,
o seu sorriso que afaga a minha alma,
a ternura de suas mãos que aconchegam o meu coração,
neste momento, sinto que te amo ainda mais...
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Amar, é escrever é escrever versos com os lábios
em sua boca,
é a melhor forma de dizer "eu te amo",
sem pronunciar a palavra.
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É que dos olhos da poesia escorrem versos tristes,
quando penso em ti, sei que o sonho existe.
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Por ti, o meu amor é grande, e é maior que o mundo,
no entanto cabe num beijo.
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O meu amor é um passarinho,
o teu coração é o ninho.
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Nascemos poema,
a vida nos quis na mesma estrofe,
estrofe do mesmo verso.
Na mesma frase de amor, rimamos...
Somos o romance da nossa história de amor.
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Porque não dizer-te agora que te amo,
e se te amo, este amor esta adejando
em algum lugar do infinito,
escondido em versos no infinito do teu olhar.
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Amar-te que te quero amar-te;
amar-te nos versos, no vento e nas flores ou onde fores,
na montanha ou no mar, campos e rios...
Amar-te, amar-te os olhos negros, o sorriso doce,
a sua doçura e os seios doces...
Amar-te, amar-te sob a luz gitana da lua,
a lua gitana que brilha para amar-te.
Amar-te com os meus olhos,
olhando-te sem que possam nada mais olhar.
Amar-te que te quero amar-te.
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Eu te abraço de olhos fechados,
um abraço arrojado - um abraço que é um beijo,
e que é mais... é uma declaração de amor,
um abraço em que um coração amarra o outro
e a vida também...
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